quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Busque consolo aonde puder

Baseado no post da Ana “Outros sons”...

As pessoas vivem pegando no meu pé dizendo que as músicas que escuto são estranhas. E eu sempre digo: É que, pra mim, essa música está envolvida em um contexto que você não conhece! Mas não adianta, por mais que tente explicar ninguém tem muita paciência para ouvir. Resolvi complementar o que a Ana escreveu porque lendo não tem como ser interrompida antes do pensamento acabar, a menos que a pessoa desista de ler.

O “contexto”, neste caso, significa o seguinte: eu assisto a um filme, um seriado, uma novela ou qualquer outro programa na televisão e, de repente, começa a tocar uma música que eu nunca tinha ouvido, mas que chama a atenção. Ela não precisa ser linda, nem ter a letra ou o ritmo perfeito. Também não tem necessidade de ser de um artista famoso. Pelo contrário, quanto menos conhecido, melhor!

Por exemplo a música Comfort, de Deb Talan. Eu NUNCA tinha ouvido falar dessa cantora e tenho certeza que a maioria das pessoas que ler este post também não sabe quem é. Pois um dia, assistindo a um episódio da série Everwood, que passava na Warner, ouvi a canção e ela me tocou tanto que fui obrigada a procurar mais detalhes.

Parece uma criança cantando, mas não importa porque é linda. Quem ouve não consegue entender e provavelmente nunca vai conseguir, a menos que assista ao mesmo capítulo do programa e veja o que estava acontecendo na hora. Se não for um fã da série, que não tenha uma certa “relação” com os personagens, talvez nem surta o mesmo efeito que teve em mim....

E é daí que vem 90% da minha lista de músicas. Não de artistas famosos e conhecidos, mas de “random artists” que de repente surgem na minha vida por causa de um produtor musical que descobriu essa pessoa não sei como e resolveu colocar uma de suas músicas na TV. Obrigada aos produtores, sem eles, eu passaria a vida à base de Celine Dion, Gloria Estefan, Ivete Sangalo e outros tantos artistas... que são ótimos, sim, mas às vezes nem toda a produção musical de uma vida bate uma canção dentro do contexto merecido.

Achei no You Tube o vídeo com o final do episódio... quem quiser assistir aqui está o link... CLARO que não vai dar pra ver a história anterior de cada um dos personagens, então não vai ser a m
esma coisa, nem ter a mesma graça, mas... Uma música é sempre uma forma de consolo.

PS - A música está no álbum A Bird Flies Out.

Curiosidade

Ontem, uma amiga, animada com o este novo espaço de opiniões, me perguntou o que significava a palavra BLOG. Eu, claro, nunca tinha parado pra pensar nisso e mobilizei todo mundo no trabalho pra tentar descobrir. Consultando nosso amigo google encontramos a explicação:

O termo BLOG surgiu por acaso em 1999, quando Peter Meme, um estudioso das palavras, brincava criando variações da palavra inglesa weblog*.

Enquanto se distraía, Meme dividiu a palavra original escrevendo wee-blog e, em seguida, resumiu-a a BLOG. Deste momento em diante, passou a utilizar o termo nas mensagens que enviava para seus contatos. Alguns respondiam aderindo à nova moda e ele gostou.

Alguns meses depois, (aparentemente por acaso) uma empresa lançou um sistema de publicação online automática, a qual chamou de Blogger. O fato de oferecer hospedagem e espaço gratuitos ajudou na divulgação e difusão da palavra BLOG, além de se tornar um modo de separar seus dois sentidos e evitar confusão com registros de servidores.

* “Web log é expresão usada em uma página da web para apresentar as recomendações de navegação do seu autor. É usada também para designar os registros do servidor que hospeda páginas da web, a partir dos quais são feitas análises e estatísticas sobre as visitas ao site.” (Ruy Miranda)

Fonte:
Otimização de Sites

Um bom jornalismo


Uma forma diferente, e na minha opinião, a mais divertida de praticar o jornalismo é escrever sobre as pessoas. Pessoas comuns, com idéias simplistas ou sofisticadas, mas que de alguma maneira causam impacto em nosso pacato cotidiano. Campeão em soft news, o jornal New York Times resolveu compactuar suas melhores histórias curiosas sobre desconhecidos no livro Histórias do New York Times, organizado pela jornalista Lisa Belkin, que colabora com diversas reportagens.

A maioria das matérias é relacionada aos Estados Unidos, mas o Brasil conseguiu emplacar através do repórter Larry Rother (sim, aquele mesmo que causou polêmica ao chamar o presidente Lula de beberrão). Desta vez, o repórter noticiou a bizarra idéia do deputado Aldo Rebelo de erradicar as palavras ‘americanizadas’ do Brasil. Sim, teríamos que deletar as palavras fast-food, enter, notebook, mail, etc. dos nossos vocabulários. Se todos os problemas deste país fossem esse....

Entre outras reportagens, há de um garoto de cinco anos que, devido à insistência da irmãzinha de dois anos, resolveu tirar o carro da garagem e levá-la até à praia. Ou a galinha que surgiu no quintal de um dos repórteres do jornal e ganhou fama após pedido do mesmo de como cuidá-la e alimentá-la. Até que a ave desapareceu com a mesma discrição que surgiu.

A minha favorita conta a jornada de crianças no interior do Texas que enfrentavam quatro horas (ida e volta) de ônibus para ir à escola. Na comunidade pequena e pobre em que moravam, não havia escolas, portanto, precisavam vajar até a cidade que possuía um educandário, a cerca de 140 quilômetros. A história sensibilizou autoridades que, após repercussão, prometeram a construção de uma instituição para atender às crianças daquela região e elas, finalmente, teriam tempo para fazer os deveres e brincar.

Esta forma de escrever e de fazer jornalismo é importante hoje porque provoca uma reação de autoridades, sociedades e órgãos responsáveis pelos direitos e deveres de todos. Pode, muitas vezes, não funcionar, mas ao menos incentiva mais ações ou direciona atenções que antes não existiam. Algumas histórias do livro ainda recebem uma espécie de epílogo devido ao retorno de alguns repórteres aos personagens de origem. Vale a pena para descontrair ou apenas conhecer outras realidades.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Outros sons

Para que serviriam os filmes se não nos levar a outra realidade ou a devaneios que nos fazem refletir nossas atitudes e idéias cotidianas?! Conforme artigo publicado nesta terça-feira (26) na Folha de S. Paulo pelo cineasta Carlos Reichenbach, “o cinema é resultado de uma inquietação, de uma angústia renitente e da necessidade de compreensão do tempo, da história e das limitações de quem o realiza”. Melhor definição impossível.

Ao assistir August Rush, ou Som do Coração em português, ontem no cinema, percebi o quanto é desmerecido o conceito de música na indústria bombástica e milionária com a qual convivemos. O filme é sobre um garoto de 11 anos que, ao nascer, foi para adoção e agora vive em um orfanato em NY. O menino, interpretado pelo fofíssimo Freddie Highmore, espera encontrar os pais e entrega esta realização à música ao afirmar que, através dela, poderá alcançar seu grande sonho. O mais interessante é que o conceito de música para ele não está nas canções tocadas no rádio ou de artistas famosos, mas sim no barulho da rua, de movimentos, de animais, do vento. A mistura de sons de diferentes instrumentos, tocados por pessoas comuns, levará August Rush ao encontro dos pais.


Realmente, a música mais bonita, empolgante e interessante está no barulho das pessoas e no encontro destes sons. Muitas vezes, esquecemos de nos desligar por um tempo e apenas escutar o que o ambiente e o tempo tentam nos dizer. Pronto, aí está meu devaneio sobre tal filme. Apenas acredito que há muito mais além da música do que apenas fama, dinheiro e reconhecimento. Tanto é verdade que sempre surge um artista pelo qual crio uma fissura, de acordo com a letra da música que identifico com o momento em que estou vivendo. Aposto que muitos fazem o mesmo, sem desconsiderar que o ritmo também é importante neste contexto.

Fica uma sugestão de filme e de algo para pensar ou apenas escutar.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Go, Hillary!!!


No auge da campanha presidencial, em setembro de 2007, Hillary Clinton deu uma entrevista exclusiva para a editora-chefe da edição americana da revista Marie Claire, Joanna Coles.

Os assuntos foram os mais variados, desde a vida em família, a criação da filha Chelsea, política (claro!), livros e opiniões da candidata democrata à presidência dos Estados Unidos.

Sendo uma revista feminina, uma das perguntas feita à Hillary foi para saber como ela mantém a energia, tendo dias cheios que incluem tomar café em um lugar, almoçar em outro e viajar para jantar em um terceiro. Ela diz que uma importante lição que aprendeu na vida foi que “não importa o que você faça, você tem que descobrir seus ritmos internos”. Conta que tira um dia por semana para espairecer e colocar as idéias em ordem, geralmente fazendo caminhadas ao ar livre.

Quando questionada sobre a possibilidade de ser uma mulher no comando de guerra, ela diz que o que está faltando nos Estados Unidos é um comando forte E inteligente, que nos último seis anos e meio eles não tiveram nada isso, então “precisam desesperadamente de diplomacia inteligente”. Para Hillary, o uso da força deve ser a última opção e, se usada, deve-se ter o compreendimento total das conseqüências.

No que diz respeito às mulheres, sua posição em relação ao aborto é que ele deve ser “seguro, legal e raro”, que cada uma deve poder escolher, mas também precisam tomar decisões responsáveis.

Durante a entrevista, a candidata diz que o marido nunca vai ser o “primeiro homem” do país, uma vez que cuida de inúmeros projetos independentes. Enquanto ela teve que aprender a diferença entre ser a primeira dama de um Estado (Arkansas) e do país, lidando com a receptividade do eleitorado.

Apesar de já ter quase seis meses, a entrevista é interessante e vale a pena ser lida. A íntegra (em Inglês) está no site da Marie Claire.

Sim, eu também sou fã dela. Independente das diferenças entre republicanos e democratas (dos quais não tomo partido) votaria nela quantas vezes fossem necessárias para que voltasse para a Casa Branca em alto estilo, como a primeira mulher a governar os Estados Unidos da América.

Oscar 2008 - [3]

And the Oscar goes to...

...
Daniel Day-Lewis! Pelo filme "Sangue Negro" (There Will Be Blood).

Confesso que já tinha feito uma anotação no meu bloquinho com uma pergunta: “O que aconteceu com Daniel Day-Lewis???”. Mas é que depois de anos sem me dar conta dele, a primeira foto que vi na semana passada era uma still do filme e ele está MUITO ESTRANHO e diferente... Tomei um susto. Mas ao vê-lo na cerimônia vi que continua tudo igual...

Ele dedicou o prêmio ao avô, o pai e os três filhos.

Quem entregou a estatueta foi a atriz Helen Mirren, que no ano passado ganhou o Oscar de Melhor Atriz pelo filme "A Rainha", que mostra os momentos vividos pela realeza inglesa nos dias que se seguiram à morte da Princesa Diana.

* Foto de Jeff Vespa - WireImage.com

Oscar 2008 - [2]

A atriz francesa Marion Cotillard ganhou o Oscar de Melhor Atriz pelo filme "Edith Piaf".

Posso estar exagerando, mas parece que é sempre assim: atrizes que interpretam papéis de mulheres reais e ainda por cima ficam mais feias pela personagem ganham o Oscar. Foi assim com Nicole Kidman, Charlize Theron, Helen Mirren... são as que consegui lembrar nesses milésimos de segundos... mas com certeza tem mais.

Eu torcia pela
Hellen Page, de "Juno", que tem uma super desenvoltura, é espontânea e engraçada. Mas ela é jovem, tem apenas 21 anos e muitos filmes pela frente. Juno ainda concorre a Melhor Filme... fico na torcida!

* Foto de Jeff Vespa - WireImage.com

Oscar 2008


Nicole Kidman apresentou o prêmio honorário que foi entregue ao produtor de arte Robert Doyle, de 98 anos. Ele chegou a ser indicado ao prêmio quatro vezes, já tendo inclusive trabalhado com Alfred Hitchcock (a quem chamou de Hitch nos agradecimentos) no filme “Os Pássaros” (The Birds, 1963). A função do produtor de arte é fazer uma interpretação física do roteiro do filme, transformando em realidade as locações que estão no papel.

Nicole estava deslumbrante em um vestido longo preto, cabelos presos e um colar de três voltas. Para mim, a mulher mais linda da história do cinema.


sábado, 23 de fevereiro de 2008

Yes, we want!

Enquanto a maioria democrata comemora (ou não) as consecutivas vitórias de Barack Obama sobre Hillary Clinton nas prévias eleitorais americanas, as escritoras deste blog reiteram aqui o apoio à ex-primeira-dama ao cargo da presidência dos Estados Unidos. Já que todos estão opinando, farei o mesmo.

Obviamente não ignoro a espetacular ascensão de Obama nas últimas 11 prévias (as quais venceu todas, inclusive os democrats abroad), até simpatizo com ele e o jeito meio galante de se expressar. Mas acredito que os EUA ainda não estão preparados para receber alguém tão jovem e, digamos, inovador na política americana. Concordo que o senador por Illinois cativa por integrar um grupo minoritário e apresentar algumas idéias interessantes, como uma visita a Cuba sem vistas de adoção de um governo democrático por aquele país.

O porém de Obama ser presidente está exatamente nas razões pelas quais os últimos resultados são tão impressionantes. O tom da diferença e de atitudes mais ousadas que a mesmice dos governos Bush-Clinton-Bush. Todo mundo já sabe do que aconteceu na última vez que algum presidente americano causou tanto alvoroço por ser adoradíssimo (lembram do
Kennedy?).

As idéias de ambos com relação à Guerra do Iraque e às leis da imigração não são tão diferentes. Dizem que o plano de saúde de Hillary é mais promissor. Acontece que os superdelegados decidirão em agosto quem concorrerá à presidência, e parece que Obama os conquista mais a cada prévia. Mudanças são mais que bem-vindas quando um país passa por crises econômicas, diplomáticas, etc. Será que Hillary ultrapassará Obama? Apesar de adorarmos a idéia de ter uma mulher comandando o país mais poderoso do planeta, o placar reflete outra realidade. He shoots, he scores.

Cade??

Ai ai ai
O empenho das novas blogueiras nao durou nem o primeiro dia....
Vim correndinho soh marcar presenca; por isso a falta de acentos, jah que nao dou jeito de configurar o teclado do computador.
Vespera de fim de semana eh sempre correria. Correria no trabalho pra deixar tudo pronto a tempo, depois correria pra pensar em algo pra fazer pra nao passar a noite de sexta em casa.
Tanto que esqueci de pagar a conta de luz.


Eh sempre assim, ontem fiquei de bobeira ateh tarde na internet com a conta na mao, mas ah, soh vencia hoje, (hoje eh sexta feira - jah que o post vai sair com data de sabado) e pensei: "bom, amanha provavelmente vou ficar navegando vendo videos entao faco isso". OBVIO que em vez de ficar em casa saih pra comer pizza, ver filme, levar minha cachorrinha pra passear, etc, etc e qdo cheguei lah estava a bendita amarelinha repousando em cima do teclado esperando por mim!!!!!

Hora de dormir para aproveitar o fim de semana de folga!!!! Afinal, nao eh soh medico que faz plantao!!!!

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Apresentação

O mais difícil quando se pensa em criar um blog é: “Qual vai ser o tema?”. Haja criatividade para falar sempre da mesma sem se tornar chato... Como nós gostamos de falar sobre tudo, tudo mesmo, desde viagens, cinema e seriados de tv, fofocas de celebridades, política, mundo, assuntos internacionais, esporte, trânsito, etc, etc.... resolvemos ter um blog aberto a toda e qualquer possibilidade. Pra escrever o que der na telha mesmo, sem se preocupar com padrões e regras pré-estabelecidas. Viu um filme lindo de morrer? Conta aqui pra todo mundo que ler querer ir assistir... Chegou em casa estressada com gente lerda no trânsito?? Descarrega a raiva no blog! Quer falar sobre um artista, um livro, um programa, ou tirou uma foto maravilhosa? É aqui que tudo isso vai aparecer...

Sobre nós:
Ana Paula, 23 anos, e Bruna, 24, Jornalistas formadas pela UFSC. Nos conhecemos no primeiro ano de faculdade, viajamos juntas para trabalhar durante o verão nos Estados Unidos, temos os mesmo gostos e nem sempre as mesmas opiniões, mas é isso que faz nossa amizade dar certo: uma sempre tem algo novo pra mostrar pra outra.