quarta-feira, 27 de agosto de 2008

O orgulho de ser brasileiro

Depois de alguns meses, finalmente descobri o assunto de monografia da minha mãe, que, se Deus quiser, ela entrega logo e acaba essa faculdade de Direito. Após entender o tema, acabei gostando da idéia principal, que é sobre o controle da vida civil por meio dos tributos. Ou seja, como os impostos obrigatórios pagos pelo cidadão acabam definindo os rumos em nossas vidas ao invés que fazerem aquilo que é determinado por lei: movimentar a economia do Estado de forma que este invista nos setores básicos para uma melhor qualidade de vida.

Historicamente, o povo brasileiro paga impostos desde 1500, quando exploradores do pau-brasil eram obrigados a repassar uma parte à Portugal. Não havia a movimentação em dinheiro, na época, e, por isso, era basicamente feita com a própria planta. E já existia sonegação na época das Capitanias Hereditárias por causa da distância de Portugal e da quantidade absurda de tributos. O país europeu não se preocupava com os abusos, queria simplesmente o dinheiro para sanar sua dívida com a Inglaterra.

O quadro não evoluiu com o passar dos anos e, no período Imperial piorou, já que as pessoas precisavam pagar os tributos baseados nos gastos da Corte, inclusive com a Igreja. A cobrança excessiva e a falta de organização, entre outros fatores, acabaram provocando revoltas como a Inconfidência Mineira e a Revolução Farroupilha.

Só com Getúlio Vargas (1930 -1945), percebeu-se alguma mudança, por meio da Constituição de 1934, que instaurou o princípio da igualdade de todos perante a lei, repassou a competência tributária privativa da União, contemplou os Estados com o imposto de vendas e consignações e os municípios com imposto. Por fim, a Constituição de 1988 definiu os princípios gerais da tributação, ampliou as limitações do poder de tributar e a distribuição das competências tributárias.

A aula de história foi para dizer o seguinte: o tributo foi criado para que o Estado tenha dinheiro suficiente para manter em bom funcionamento os principais setores do país, como saúde, transportes, seguridade social, os quais permitem uma melhor qualidade de vida ao cidadão. O controle está quando uma pessoa que possui um processo na justiça contra alguma cobrança precisa de uma certidão negativa – para pedir um visto, por exemplo – que comprove que está tudo bem e ela não consegue porque o tal processo ainda está em julgamento. Entendeu?

A pegadinha está quando certos presidentes decidem baixar inúmeras leis complementares para implantar mais um imposto, como a CMPF, o que é estritamente proibido por lei. Os tributos necessários para manutenção do sistema já estão na Constituição. Aí, vamos lá pagar mais um imposto, enquanto outros milhões são desviados e usados em cartões corporativos do governo. Os papéis de inverteram. Somos agora regulados pelo Estado por meio dos impostos que pagamos. E quem deveria controlar isso?? O Supremo Tribunal Federal (STF), aquele que é todo composto por amigos do Lula. Ahn...e o povo? Ah, o povo que se dane né?!

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Coisa ilegal...

Reitores de universidades americanas assinaram uma carta pedindo ao Congresso dos Estados Unidos que alterem a lei que proíbe o consumo de bebidas alcoólicas entre menores de 21 anos, legalizando o consumo para maiores de 18 anos. Eles reclamam que há uso abusivo de álcool fora de estabelecimentos universitários quando não há vigilância, pois os jovens não respeitam a lei e acabam fazendo isso na clandestinidade.

Sem o olhar atento de autoridades, os menores de 21 realizam bebedeiras exageradas e, obviamente, acabam passando mal e – por que não? – gerando um ambiente de promiscuidade, propício a estupros. Claro que, entidades a favor da lei atual, que pertence ao governo Ronald Reagan (1981-89), manifestaram-se rapidamente ao dizerem que se for tudo liberado aumentará o consumo da bebida alcoólica e o risco de acidentes de carro.

É impossível não relacionar esta discussão com uma que está em pauta há muito tempo aqui no Brasil: legalizar a maconha ou não?! Muitos dizem que liberando a droga, aumentará o consumo entre as pessoas, que terão livre acesso. Será? A verdade é que os jovens americanos menores de 21 anos bebem do mesmo jeito, apesar da ilegalidade, e os jovens brasileiros consomem loucamente a droga, ilegal para todas as idades.

Quem decide não beber antes dos 21 anos ou não fumar a maconha irá manter a decisão, independente do que a Lei diga. A força de vontade, muitas vezes, supera qualquer determinação legal, independente de idade, nacionalidade ou religião.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Sem final feliz...

Renato Aragão, famoso Didi, foi ao 36º Festival de Cinema de Gramado para receber homenagem (kikito especial) por sua intensa participação no cinema nacional. Os agradecimentos cederam lugar às críticas costumeiras, porém nunca compreendidas, da falta de incentivo e de interesse em produzir mais filmes nacionais, principalmente ao público infantil. Reclamou com toda razão.

Os filmes infantis, em especial, perdem muito espaço para as películas de produção americana. Renato Aragão comparou a presença de público em seu último filme 'O guerreiro Didi e a ninja Lili' com 'Kung Fu Panda', da Dreamworks. “O que eles gastaram em promoção do filme, é o que gastei para produzir o filme inteiro”, disse. O blockbuster americano foi exibido em 3.500 salas brasileiras, enquanto o filme de Didi com sua filha passou em 80 salas em todo território nacional.
Kung Fu Panda já arrecadou U$ 560 milhões na venda de ingressos

Lembro que li na Folha de São Paulo sobre o público em filmes nacionais despencar no primeiro trimestre deste ano. Isso se deve principalmente à falta de produções. Os sucessos ‘Meu Nome não é Johnny’ e ‘Tropa de Elite’ são exemplos de que bons filmes atraem mais público. Só que ainda falta melhorar a divulgação, bons projetos, mais incentivos, melhores cachês...e por aí vai.


O segredo do sucesso não é nenhum segredo. Enquanto não houver educação e conscientização sobre a necessidade de incentivo às produções nacionais não terá como nos identificarmos e nos orgulhamos das raízes que mal conhecemos.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Recordes (nada) olímpicos do Brasil

Enquanto respira-se Olimpíadas na China e registram-se os recordes absurdos do quase-não-humano-nadador americano Michael Phelps, aqui no Brasil outros tipos de recordes são quebrados. Refiro-me aos lucros anunciados hoje dos bancos Bradesco, Itaú e do Brasil, que juntos alcançam R$ 12 bilhões no primeiro semestre deste ano. Assim como a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), a qual anunciou o lucro recorde de R$1,8 bilhão neste semestre.

Parece que os melhores planos do presidente Lula estão dando certo ao conseguir entupir os caixas de bancos privados e do Banco do Brasil, bem como o bolso de grandes empresários. E se a economia tá bem, a tendência é que o resto ache seu caminho para o paraíso. Mas não é bem assim. Uma das idéias mais importantes do petista e carro-chefe de sua reeleição foi o tal do PAC. Acontece que este master plano do Lula não se arrisca a sair do papel, exceto em grandes zonas eleitorais como favelas do Rio de Janeiro. Como se pode ver, dinheiro não é problema.

Falando em favelas do Rio da Janeiro, ainda hoje o Tribunal Superior Eleitoral deu luz verde para que as Forças Armadas brasileira reforcem aqueles locais durante as eleições. Os ministros consideraram a capital fluminense em situação caótica e, por isso, o Ministério da Defesa poderá receber o pedido direto de ajuda do presidente do TSE, Carlos Ayes Britto.

Será que as mesmas Forças Armadas serão liberadas para que protejam os atletas e turistas que freqüentarem as Olimpíadas de 2016, caso o Brasil seja eleito como sede? A falta de estrutura e de segurança é tão lógica neste momento no País que nem o PAC e nem os lucros bancários poderão conter o Brasil de quebrar novos recordes de violência.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Happily ever...healthier

Casamento por interesse não é novidade. Alguns até dão certo depois que o casal acaba adquirindo um certo amor e compreensão um pelo outro. Mas esse interesse, geralmente, corresponde a dinheiro, sobrenome, gravidez indesejada e, agora, ao seguro saúde. Pelo menos, essa é a nova tendência nos Estado Unidos, apontada pelo jornal The New York Times. O país, além da crise imobiliária e aumento do petróleo, ainda possui valores de seguro-saúde nas alturas.

O serviço hospitalar nos EUA funciona bem somente no serviço particular. A rede pública oferece atendimento decente talvez para imigrantes e miseráveis, mas cotidianamente não. Homens e mulheres, então, que se amam e pretendem se casar, acabam decidindo o sim final mais rápido do que o planejado. Isso porque ele ou ela dispõe de bons seguros-saúde por meio de empresa em que trabalham ou ainda por diferentes razões.

Aqui no Brasil o esquema é mais fácil. Pelo que sei, basta assinar em cartório um contrato de união estável para conseguir integrar o plano de saúde do cônjuge. Esse contrato é interessante porque vale o tempo de renovação do seguro. Cada vez que precisar atualizar o plano, deve-se fazer um novo contrato e apresentá-lo, adiando assim a possibilidade de correr ao altar por interesses que vão além do simples ‘viver felizes para sempre’.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

pra ninguém ver..

O sonho de ter um carro ou até mesmo um avião invisível está mais próximo do que se pensa. A revista Nature divulgou o estudo de um grupo da Universidade de Berkeley, na Califórnia, comandado pelo chinês Xiang Zhang, o qual desenvolveu um material especial que consegue desviar raios de luz de uma forma ‘inusitada’. O objeto tem a capacidade de dobrar a luminosidade para trás, é tridimensional e possui refração negativa para luz visível.

Ainda um projeto ‘primitivo’, Zhang afirma que não é possível produzir esse material, chamado de metamaterial, em grande escala, pois, além de caro, é trabalhoso, frágil e impraticável para maiores produções. Ah! E funciona apenas para luz vermelha, mas é um super avanço.

Para termos este material disponível, basta recursos a serem investidos em estudos que desenvolvam essa tecnologia em grande escala, ou pelo menos descubram uma forma mais acessível de fazê-lo. A mulher maravilha que se cuide.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

De coração

É muito bom assistir aos Jogos Olímpicos e perceber que grande maioria dos atletas está participando puramente por amor à camisa. Diferente do que vemos todos os dias no futebol e em alguns outros esportes de que só o passe do jogador interessa, as Olímpiadas existem para exibir quem realmente ama o esporte que pratica.

Os melhores exemplos são, claro, estrangeiros. O tenista Rafael Nadal, como contou minha irmã, afirma nunca ter se divertido tanto como na Vila Olímpica e que, simpaticíssimo, pára sempre para conversar com os outros atletas. Ele, atual número 1 do mundo que fatura milhões, sonha em conquistar uma medalha olímpica.

No basquete, as maiores estrelas estão no time americano, destaques da NBA. O mais deslumbrado, até agora, parece ser Kobe Bryant, que logo após a estréia contra a China (EUA venceu por 101 a 70), disse estar vivendo um clima diferente e melhor do que uma final da NBA. E acredito que não foi pelo fato de contar com a presença do presidente George W. Bush na platéia.

Entre os atletas brasileiros, as principais 'promessas' parecem preferir se calar para não levantar mais expectativas. Mas desconhecidos, como a judoca Ketleyn Quadros, estão extasiados por, além de participarem, ainda levam medalhas. Ainda ontem ouvi o depoimento da nadadora Gabriella Silva após terminar em sétimo lugar na final de nado borboleta. "Estou feliz da vida de ter chegado em uma final e ainda ficar entre a sétima do mundo", disse ela.

Talvez porque sofrem pouca pressão (ou nenhuma) da mídia, estes atletas 'desconhecidos' tendem a se destacar mais do que as ditas promessas. Claro que só o fato de participar de uma Olimpíada já é intenso, mas para muitos, milionários ou não, é simplesmente a realização de um sonho.

*Foto: Bryant abraça o gigante Yao Ming após jogo contra a China (AFP)

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Vruuum...

Na antepenúltima volta para fechar em primeiro lugar no pódium do GP da Hungria, o carro quebra. Poderia ser o Rubinho, se o carro não fosse da Ferrari, mas o piloto era outro brasileiro. O azar de Felipe Massa no último domingo parece ter sido deixado para trás. Ele afirmou não culpar a equipe e que acidentes acontecem, durante entrevista coletiva hoje em Florianópolis.

O piloto veio divulgar o Desafio Internacional das Estrelas, que acontecerá nos dias 29 e 30 de novembro aqui na Capital. Segundo Massa, Schumacher está confirmadíssimo, desde que venceu na última edição da competição de kart em 2007, e que pretende trazer pilotos da Nascar e da Fórmula Indy. Pressionado algumas vezes sobre a situação dele na Ferrari, o jogo de cintura do piloto foi bom, não hesitou em nenhuma resposta, sempre com a palavra certa na ponta da língua, conforme observou um colega ao meu lado durante a entrevista.

Meu comentário sobre o Massa: ele é um fofo, super atencioso com a imprensa e se veste bem. Resta saber se o karma dele como piloto brasileiro da Ferrari permitirá boa classificação do Grand Prix ou, pelo menos, terminar uma prova.

Foto: Sabryna Sartott

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Canarinha em Pequim

Ela é baixinha e poderia competir nos 100 metros rasos das Olimpíadas de Pequim por causa da velocidade e do sprint que dá quando corre. Mas ela preferiu o futebol. Ainda bem.

Marta Vieira da Silva, de apenas 22 anos, já conquistou muito e venceu preconceitos. Compõe a seleção brasileira de futebol e foi citada pela revista americana Time como uma das maiores promessas destes Jogos Olímpicos de 2008. Conforme a revista, a jogadora, de família pobre, precisou enfrentar os irmãos e amigos para a deixarem entrar no time de futebol que tinham. Desde então, não parou mais.

Atleta do time sueco Umea IK desde 2004, Marta recebeu da Fifa o título de melhor do mundo na categoria, em 2006 e 2007, assim como foi escolhida a melhor jogadora da Copa do Mundo da China no ano passado, quando a seleção brasileira ficou com o segundo lugar, após Marta perder um pênalti importante na disputa contra a Alemanha, que venceu por 2 x o.

No primeiro jogo das Olimpíadas contra (olha só) a Alemanha, hoje, Marta demorou para aparecer, mas quando dominava a bola, mostrava porque é a melhor jogadora do planeta atualmente. A partida ficou no 0 x 0 mas a brasileira merecia um gol, que ainda não veio. Nas próximas partidas, certamente, ela terá a chance de balançar a rede muitas vezes.

Uma demonstração do que a jovem é capaz: vídeo (youtube) do quarto gol do Brasil contra os Estados Unidos, na Copa do Mundo do China de 2007, jogo que o time canarinho fechou em 4 x 0.


tempo de medalhas

Oba!!! Começou as Olimpíadas e eu ADORO assistir aos jogos e disputas. Torço pelo Brasil, claro, mas gosto mesmo é de ver boas partidas ou apresentações, conforme as modalidades. Minhas preferências estão na natação, no handebol, vôlei, ginástica e o basquetebol americano.

O porém é o horário. Hoje, precisei dedicar meu sono precioso ao jogo da seleção feminina brasileira de futebol contra a Alemanha, às 6 horas da manhã. Até que valeu a pena, apesar do 0 x 0. Não sei se farei isso para todas as partidas, talvez mais no final, quando for decisão das medalhas.

Anyways, o que importa é a celebração deste evento mundial tão importante ao reunir atletas e comissões em disputas saudáveis e também competitivas. Piegas, eu sei, mas verdadeiro.