É o caso da Nicarágua, que sofre conseqüências das eleições municipais de 9 de novembro. O resultado do pleito foi para o partido do presidente Daniel Ortega, a Frente Sandinista de Libertação Nacional, o qual liderou em mais de 100 dos 146 municípios. Os partidos oposicionistas, entre eles o Partido Liberal Constitucionalista (PLC), acusam fraudes e promoveram protestos nas ruas da capital Manágua. Em algumas cidades, há confrontos armados, nos quais oito pessoas já ficaram feridas.
Como prova, a oposição irá entregar à Organização dos Estados Americanos e à sociedade civil um livro da suposta fraude. Segundo o PLC, milhares de cédulas eleitorais foram jogadas foras, locais de votação fecharam mais cedo e fiscais foram expulsos dos centros de votação.
Esta é a maior crise política da Nicarágua desde 1990, quando os sandinistas, do atual partido e que chegaram ao poder após revolução em 79, foram derrotados nas eleições gerais. Daniel Ortega, reeleito em 2006, também enfrenta problemas de popularidade.
Eu diria que a grande amizade entre esses países latino-americanos de esquerda com o psicopata Hugo Chávez anda causando muitas revoltas internas por aí. Como todos sabem, o venezuelano só respeita aqueles de dele falam bem e suas idéias seguem. À oposição cabe o silêncio perante a corrupção. Falta ainda respeito entre os partidos de esquerda e direita, e pior, com a democracia.