segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Cyberterrorismo

Uma criação tecnológica capaz de vigiar o país mais poderoso do planeta por meios que podem controlar a vida de qualquer cidadão. Este super cyberterrorismo já existe pelo menos no cinema. Conhecido como Eagle Eye (nome original do filme), a máquina de Controle Absoluto (nome em português) consegue rastrear e reconhecer qualquer pessoa através de câmeras, imagens, celulares ou escutar vozes até por vibrações em uma xícara de café. É o cúmulo tecnológico perceber que tantas câmeras de vigilância, celulares e computadores podem na verdade atuar contra seus objetivos principais: dar mais segurança à população.

A idéia deste filme, com Shia Lebouf, de Transformers, é parecida com Duro de Matar 4.0, com Bruce Willis. Neste, um bom hacker e ex-criador do sistema mostra-se capaz de acessar bancos de dados de qualquer tipo de informação, até da CIA, conseguindo alterar o fornecimento de energia elétrica, controle de tráfego, etc, causando o caos. Em Controle Absoluto, o caos é mais discreto. Afeta apenas os atores principais. Nem por isso deixa de ser interessante, já que questiona-se a possibilidade de tanta tecnologia ser realmente possível de voltar-se contra o bem das populações.



O assunto não poderia ser mais atual e deveria ser melhor explorado ao longo dos próximos filmes de ação hollywoodianos. Novos produtos tecnológicos surgem a cada dia, portanto, não faltarão idéias à medida que ações como grampos telefônicos e câmeras tipo Big Brother tornam-se populares e discutidos como meios de controle que visam a segurança nacional.

*Foto: Imdb.com

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Fronteiras

Em seu programa na CNN desta quinta-feira, Anderson Cooper falou sobre eleições americanas, crise financeira, a compra do Banco Washington Mutual – a maior quebra bancária da história – pelo JP Morgan, mas o que mais chamou atenção foi o tempo dedicado à entrevista que a candidata à vice-presidência americana, pelo partido republicano, Sarah Palin, deu à jornalista Kate Couric, no CBS Evening News.

Enquanto aguardam ansiosos pelo debate de amanhã entre John McCain e Barack Obama - e se o candidato republicano irá realmente aparecer - Palin se embananava toda quando questionada sobre seu conhecimento em política internacional e a relação Alaska (estado do qual foi governadora) e Rússia. Hã?? Pois é, a candidata achou uma conexão maluca, na qual dizia que a Rússia e o Alaska estavam muito próximos e, portanto, ela considerava-se experiente no quesito outras-nações-além-do-umbigo-dos-Estados-Unidos. Isso vindo de quem tirou seu primeiro passaporte no ano passado para visitar soldados no Kwuait.

O conhecimento que Palin tem apresentado perante jornalistas – de quem ela esteve afastada por cerca de um mês para evitar que falasse bobagens – não me parece suficiente para enfrentar o que sua própria ambição propõe. Para chegar à presidência do país (ainda) mais importante do planeta, será necessário entender as fronteiras geográficas e políticas, claro, como também as fronteiras culturais, que até então apresentaram-se intransponíveis.

Foto: Getty Images

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Tudo azul

Bons ares parecem finalmente soprar no setor aéreo brasileiro. A empresa Azul, da americana Jet Blue, está ansiosa para começar a operar aqui no País, e, não satisfeita, sugeriu que o governo libere a administração de aeroportos à companhia aérea. Para agradar um pouco mais, ainda encomendou 76 aeronaves à Embraer, para operarem no Brasil. O primeiro modelo da Azul, um Embraer 190, já foi apresentado sob nome de O Rio de Janeiro continua azul.

Segundo o presidente do Conselho de Administração da empresa, David Neeleman, a Jet Blue já cuida de alguns aeroportos nos Estados Unidos, o que parece funcionar bem, até mesmo para desafogar o trânsito aéreo de algumas cidades. Um exemplo é o aeroporto de Long Beach, na Califórnia, que recebeu uma solução de curto prazo com a construção de terminais provisórios, a fim de aliviar a capacidade de outros aeroportos, como o de Los Angeles (LAX).



Concorrência no Brasil é sempre bom quando a intenção é facilitar e oferecer mais aos clientes e não apenas faturar. A Jet Blue é uma empresa já estruturada nos EUA e, portanto, parece ter mais a oferecer do que a encrencar. O ‘duopólio’ da aviação comercial no Brasil, felizmente, viverá suas últimos dias de fama.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Superação

André Brasil, Daniel Dias, Yohansson Nascimento, Luiz Algacir Silva, Welder Knaf e a lista só tende a aumentar...

Se você não sabe quem são as pessoas acima citadas, eu até entendo, pois o desinteresse é nacional em um evento mundial. Os nomes são de paratletas que, em Pequim, deram medalhas e títulos inéditos ao Brasil, mesmo que a maioria da população brasileira não os reconheça. O Brasil estava até hoje no 10º lugar no quadro de medalhas.

Eu não tenho vergonha de falar que me emociono bastante enquanto assisto aos jogos Paraolímpicos. E não é por pena, apesar da condição física de muitos. Nem sei explicar porque, na verdade. É pura e simplesmente por eles serem exemplos de superação, aceitação, estilo de vida e o que mais de gratificante vier depois de um situação trágica ou até mesmo de um problema de nascença.

Se apenas nos frustamos com o resultado de determinados atletas nas Olímpiadas ‘normais’, devemos nos orgulhar destes nomes desconhecidos que – desculpem-me o clichê – ultrapassam limites e realizam sonhos enquanto enfrentam seus piores medos e maiores desafios.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Novela venezuelana

Talvez seja por causa do período eleitoral americano, ou do 11 de setembro, ou simplesmente da falta de importância da região, mas os Estados Unidos demoraram a perceber e tomar alguma atitude quanto a Hugo Chávez. Descontente, o venezuelano resolveu radicalizar e expulsar o - tipo intocável - embaixador americano, Patrick Duddy, apimentando um pouco a novela Bush versus Chávez.

Escândalo, certo? Seria se Bush realmente se importasse com o que acontece na América do Sul, além do fornecimento e o valor de petróleo. Para facilitar e pouco se incomodar, o Departamento de Estado dos EUA disse bye bye ao embaixador venezuelano, Bernardo Alvarez Herrera, de seu território. A atitude do venezuelano me pareceu um grito de desespero para que, por favor, notem-no.

O protagonista do primeiro capítulo foi Evo Morales, outro desesperado por atenção, que quer uma revolução a la Chávez em seu país. Ele foi o primeiro a dispensar um embaixador americano, Philip Goldberg, após acusá-lo de apoiar protestos de grupos oposicionistas.

O poderia americano deve ter outras coisas mais importantes para se preocupar do que dar atenção a um maluco, que se acha Deus ou, no mínimo, Marx. Chávez perdeu a razão ao desrespeitar a mídia, a liberdade de informação e, até mesmo, a concorrência de mercados, culpando a democracia, a globalização e o capitalismo por todos os males do mundo.

Os próximos capítulos prometem.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Desonradas

Existem certas situações na vida que nem a mais avançada tecnologia e as mentes mais brilhantes conseguem evitar. Recém li uma notícia sobre cinco mulheres que foram baleadas e enterradas vivas, no Paquistão, após decidirem se casar com os homens que amavam. Parece ridículo, mas é, na verdade, um assunto muito sério, principalmente em zonas rurais daquele país, habitadas por tribos que ainda vivem sob mandamentos muito rígidos e antigos.

A primeira coisa que me veio a cabeça é um livro que li no começo deste ano: Desonrada, da paquistanesa Mukhtar Mai, escrito com a ajuda da jornalista francesa Marie-Thérèse Cuny, especializada em direitos da mulher. Mukhtar foi torturada, violentada coletivamente e abusada mentalmente depois de ser punida por uma ‘corte’ de Punjab por uma atitude de seu irmão. E sabem o que ele supostamente fez? Dizem que olhou para uma mulher casada com um homem de uma tribo rival.

Envergonhada, a paquistanesa recuperou-se, alfabetizou-se – algo raro na província em que vivia - e decidiu lutar pelos seus direitos e de outras mulheres que sofriam por estes motivos absurdos. Não quero estragar toda a história, que exibe um exemplo de como as mulheres conseguem se reerguer e batalhar por respeito e dignidade. Mukhtar Mai fez muito. Criou uma escola quando não tinha dinheiro e pouco apoio e enfrentou seu maior pesadelo.

O assassinato destas cinco mulheres, porém, prova que há ainda muito por que lutar e que, infelizmente, talvez seja necessário mais mulheres como Mukhtar para enfrentarem seus agressores e vencerem tais preconceitos medievais e machistas.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

nostalgia

"..I miss you
I miss your smile
And I still shed a tear every once in a while
And even though it’s different now
You're still here somehow
My heart won't let you go
And I need you to know
I miss you
I miss you..."