sexta-feira, 10 de outubro de 2008

"Quel crise?"

Neste final de semana, o grupo do G20 financeiro, liderado pelo nosso ministro da Fazenda, Guido Mantega, irá se reunir nos Estados Unidos para discutir a situação dos mercados em todo o mundo. Esta equipe, além do G7, inclui os países emergentes, como China, Índia, Argentina, México e ainda a Rússia, Indonésia e Arábia Saudita, entre outros.

Enquanto eles se descabelam para tentar resolver uma das grandes crises mundiais, o nosso querido presidente Lula anuncia por aí que os brasileiros poderão comprar à vontade para o Natal. Ainda que a data esteja um pouco distante, considerando-se que o mercado de ações reage diferentemente a cada dia, é impossível prever preços de commodities e facilidades de crédito até lá.

Ora, se variação do preço do dólar aquece ou esfria as principais economias emergentes, como o nosso lindo país não será afetado? Alguns especialistas andam dizendo que os mercados emergentes estão mais fortes sim e que, por enquanto, só as bolsas e as grandes empresas exportadoras e importadoras, como é o caso de algumas montadoras de carros que afirmaram que irão suspender produções na Europa e EUA, irão sofrer.

Até a Islândia andou se endividando, com um valor nove vezes maior que seu PIB, e pediu ajuda à Rússia. Por isso, o interessante é descobrir que países como o Brasil e a Índia passam quase ilesos em uma crise que prejudica potências – não me refiro à Islândia. Eu ainda não consigo entender por completo essa comoção. Investidores de todo o planeta estão apavorados com a situação, enquanto a população (e o Lula) fica em stand-by e vê nos noticiários as quedas diárias das bolsas e se pergunta: e o que eu tenho a ver com isso?

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